
Curso de Canto
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Alguns assuntos importantes?
CLASSIFICAÇÃO VOCAL
Postado por Blacy Gulfier
Classificação vocal, é um assunto muito sério. Uma classificação vocal inadequada, pode influenciar diretamente na saúde vocal do cantor. Alguns cantores ainda acreditam, que o bonito é cantar em um determinado naipe ... em tonalidade mais aguda ou mais graves. Definitivamente, a beleza vocal não esta em cantar em um determinado naipe e sim, explorar sonoridades, elementos vocais e habilidades em cada naipe.
A classificação vocal não deve ser feita comparando a voz cantada com a voz falada pois, voz falada e voz cantada são realidades diferentes
(no que se refere a fisiologia vocal – ajustes fonatorios ). Alguns cantores, possuem uma flexibilidade muscular grande, que os permite cantar utilizando uma tessitura vocal maior. Vale aqui descrever, que TESSITURA vocal é diferente de EXTENSÃO vocal.
TESSITURA VOCAL - Refere-se aos tons que o cantor pode emitir sem esforço, e com habilidades vocais.
EXTENSÃO VOCAL - Refere-se ao máximo de tons que o cantor pode emitir tanto nas frequências graves, quanto nas frequências agudas. Nesta medição, o que esta sendo avaliado e a maior possibilidade muscular vocal, do cantor. Não se deve cantar jamais dentro da Extensão vocal ou seja, não é por que o cantor alcança aquela nota que ela pode ser cantada com saúde e habilidade vocal.
A classificação vocal deve englobar alguns parâmetros tais como:
1. O exame de videolaringoestroboscopia (onde podemos ver a flexibilidade das pregas vocais nos diferentes tons e termos resultados específicos de frequências emitidas)
2. A classificação do naipe vocal à partir de tabelas classificatórias cientificas de tessitura e extensão. Nestas tabelas, é possível observar a confortabilidade vocal nos diferentes registros, bem como as quebras nas passagens dos registros e estabilidade vocal nos diferentes tons.
3. Observação e anotações do preparador vocal em relação às habilidades vocais do cantor.
A avaliação da tessitura vocal deve ser periódica. Se considerarmos o desenvolvimento e a aquisição de novos ajustes vocais, ela ira variar de acordo com o desenvolvimento vocal do cantor. Já a extensão vocal varia de acordo com fatores ligados ao desenvolvimento ontogênico do ser humano (mudanças anatômicas que ocorrem de acordo com as diferentes idades de vida) .
Muitos cantores desenvolvem problemas vocais por uma classificação vocal inadequada. A dor e a rouquidão, podem ser um sinal de que alguma coisa não está bem.
Se todas as vezes que você faz uso da voz para o canto, você sente dor, ou fica rouco logo em seguida ou durante a apresentação ou ensaio, provavelmente você esta usando sua musculatura vocal de maneira inadequada e se esforçando para produção de tons que não sejam confortáveis a você. Você deve passar por nova avaliação em relação a sua classificação vocal e procurar um fonoaudiólogo especialista em voz que possa melhor orientá-lo.
Postado por Blacy Gulfier
FISIOLOGIA DA VOZ
É muito interessante quem canta conhecer as técnicas vocais e também a parte fisiológica; conhecer o seu instrumento e o seu funcionamento. Um bom conhecimento do seu instrumento possibilita um melhor aproveitamento de todo o potencial existente.

LÁBIOS:
São bordas de mucosa que revestem a boca humana. Sua cor, largura e formato depende da etnia e à características genéticas de seus antepassados. Há pessoas que possuem um problema de excessiva tensão labial, o que impede a boa mobilidade e flexibilidade. Outras pessoas possuem um tônus labial baixo, flácido. A posição ideal para os lábios, é aquela que ajuda o rosto a ter uma expressão agradável, feliz. Deve-se evitar puxá-los exageradamente para os cantos ou para frente quando se estiver cantando ou falando, pois isto pode modificar a qualidade sonora.
DENTES:
Os dentes tem a função principal de mastigação, triturando os alimentos. Secundariamente eles são responsáveis pela articulação de alguns fonemas. No que diz respeito à utilização dos dentes na articulação é importante ressaltar que qualquer alteração ou deformidade poderá afetar a dicção e pronúncia de alguns fonemas que influenciará ou prejudicará a comunicação.
PALATO:
O palato se divide em 2 partes: o palato duro (céu da boca) e o palato mole (úvula, conhecida como campainha).
O palato duro está envolvido com a projeção da voz, e o palato mole com a formação de sons orais e nasais.
O som, na verdade, é formado por ondas. As ondas só se propagam em linha reta, daí a importância do palato duro aliado a uma boa postura da cabeça: Sabe-se que as narinas são responsáveis pela ressonância nasal. Porém, o som nasal só será emitido com a "permissão" do palato mole (a úvula). Para emitir esses sons nasais, a úvula desce. Caso suba, os sons emitidos serão orais. O excesso ou a falta de nasalidade podem representar sérios problemas de voz, afastando-se da normalidade e modificando o som original que deveria ser produzido.

LÍNGUA:
A língua é o principal órgão da articulação, pois interfere na formação das vogais e consoantes. Cerca de 90% dos problemas que envolvem a língua são de tensão. Isso causa o ressecamento da boca pela retração constante. A tensão da língua não estimula muito a produção de saliva e também interfere consideravelmente na emissão do som.
A língua flácida precisa de tonificação sendo caracterizados pelo acúmulo excessivo de saliva e articulação imprecisa.
A língua deve permanecer numa determinada posição, chamada de "posição de repouso", ao longo do "assoalho" da boca tocando os dentes inferiores.
FARINGE:
A faringe tem a função de ampliar o som, e embora não seja essencial para a articulação, está intimamente ligada à posição assumida pela língua. Seu melhor desempenho dependerá do comportamento da língua.
A ampliação do som será tanto melhor quanto melhor for o espaço que o som puder ocupar dentro da boca.
LARINGE:
A laringe é um órgão curto, constituído de cartilagens, músculos e ligamentos. Está localizada na região do pescoço, entre a quarta e sexta vértebra cervical, conectando a faringe à traqueia. Seu tamanho é variável, sendo maior em homens, em face da influência de hormônios. Exerce função respiratória e fonatória, e também impede a entrada de partículas estranhas nas estruturas respiratórias.-voz/

PREGAS VOCAIS:
Par de lábios simétricos formado por um músculo e um ligamento elástico localizado na laringe abaixo da epiglote. Quando respiramos as pregas vocais ficam afastadas, quando falamos ou cantamos elas se aproximam e vibram.

MÚSCULOS DA LÁRINGE:
A musculatura intrínseca é responsável pela produção do som.
A musculatura extrínseca realiza a sustentação e a fixação da laringe (esternotireóideos, tiro-hióideos, constritor inferior da faringe, supra-hióideos, infra-hióideos).
Já a musculatura intrínseca é responsável pela produção do som propriamente dito como o músculo tireoaritenóideo, o cricoaritenóideo posterior e lateral, os aritenóideos e o cricotireóideo:

Músculo tireoaritenóideo (TA):
É um músculo que forma a principal massa das pregas vocais. Eles originam-se no ângulo da cartilagem tireóidea e a inserção localiza-se principalmente no processo vocal. O TA é adutor, tensor e relaxador, ou seja, ele abaixa, encurta e espessa as pregas vocais. Esse movimento de encurtar e abduzir as pregas vocais faz com que ocorra a diminuição das distâncias entre as cartilagens aritenóideas e tireóidea. Como consequência desse movimento, as pregas vocais tornam-se com um feixe mais largo que por sua vez reduzirá a frequência da voz, tornando a voz mais grave.
O tiroaritenóideo medial ou interno é correspondente ao músculo vocal (massa vibrante), chamado de vocalis, vocal ou tireovocal. Esse músculo apresenta suas fibras a partir do tireomuscular até mergulhar no ligamento vocal, inserindo-se no processo vocal. Esse músculo vibra sincronizado com a vibração da mucosa vocal.
O tireoaritenóideo lateral ou tiromuscular está inserido no processo muscular e possui fibras de contração rápida, com menor ação sobre as características da fonação. O feixe superior desse músculo possui algumas fibras que se direcionam para as pregas vestibulares, o que faz pensar que essas fibras participam da fonação vestibular.
Existe também o músculo tireoaritenóideo superior, que tem como função de relaxar as pregas vocais. Atualmente, sabe-se pouco sobre esse músculo. O que se tem conhecimento é que ele inclina a cartilagem tireóidea para trás com o objetivo de relaxar as pregas vocais, sendo que concomitantemente puxa o processo muscular para frente da cartilagem aritenóidea, favorecendo a coaptação glótica.